O Que Pensar em um Imóvel Quando a Família Aumenta?

publicado em 26 de dezembro de 2019 | atualizado em 22/01/20
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Quando você se casou, foi morar em uma residência pequena, compacta e confortável para receber duas pessoas. Mas agora a família cresceu e o imóvel ficou pequeno. O que fazer? Como escolher um imóvel que atenda às necessidades da nova estrutura familiar? Qual deve ser a minha projeção de futuro? Devo pensar nos próximos dez, vinte ou trinta anos?

Muitas vezes não refletimos sobre um futuro muito distante quando pensamos em comprar um bem, não é mesmo? Nós avaliamos as nossas necessidades presentes e buscamos aquilo que nos satisfaz no momento. Mas quando pensamos em um imóvel, nossa atitude deve ser um pouco diferente, uma vez que não conseguimos mudar de casa todos os anos.

A primeira coisa que você deverá fazer é pensar em um futuro de uns 5 ou 10 anos. Quantos filhos você pretende ter? Gostaria de ter animais? Essas questões te ajudarão a escolher o tipo de imóvel, a região e, principalmente, o tamanho.


Região

Em relação à região, é necessário observar a estrutura do local. A existência de escolas, mercados e hospitais facilita bastante para quem tem filhos, especialmente nos primeiros anos de vida.


Tipos de imóveis

Os apartamentos possuem algumas vantagens em relação às casas. O maior benefício são as áreas de lazer, que facilitam o convívio dos filhos com outras crianças, além de proporcionarem muita segurança. O ponto negativo está na necessidade de respeitar as regras do condomínio, principalmente na questão do silêncio. As crianças geralmente são agitadas e adoram brincar de bola em casa.

As casas, por outro lado, proporcionam maior liberdade em relação às atividades das crianças. Elas podem correr, pular e escutar música mais alta durante o dia sem que os vizinhos fiquem incomodados. Se a residência tiver uma área externa, é ainda melhor. O problema fica por conta das amizades. Se nos prédios existem muitas crianças para brincar, nas casas de bairro nem sempre é possível conseguir um grupo de amigos quando ainda criança. Com o passar dos anos, é possível que os filhos façam amizade com as crianças do bairro, mas aí vem o problema com a segurança.

Para equilibrar as duas coisas, há a possibilidade de casas em condomínio fechado. Essas residências podem unir o convívio social, a segurança e a liberdade. Mas, como nem tudo é perfeito, temos o problema da localização. Esses condomínios geralmente ficam afastados das escolas e não são muito comuns em grandes cidades.

 

Tamanho

O número de quartos, apesar de parecer o mais importante, nem sempre é o primeiro item que devemos pensar quando fizermos uma busca pelos imóveis disponíveis. O ideal seria encontrar um imóvel com pelo menos três quartos, sendo um para o casal, um para os meninos e outro para as meninas (se a intenção for de possuir mais de um filho). Assim, não seria necessário nenhum tipo de adaptação.

Mas pensar na metragem de um imóvel e na disposição da planta são fatores que muitas vezes ultrapassam a simples indicação do número de quartos. As casas podem ter, por exemplo, 4 quartos e um deles ser bem pequeno. Nesse caso, o cômodo menor pode ser reservado para uma área de estudos ou trabalho. Em outras descrições, os imóveis podem possuir somente 2 quartos, mas com uma ampla área de serviço que pode ser transformada em um quarto espaçoso.

Outro ponto é a quantidade de banheiros e a relação de pessoas que morarão na residência. Acima de dois moradores, é ideal é ter, pelo menos, dois banheiros. Nesse critério, comprar uma residência com o número de banheiros apropriados é a decisão mais correta, pois construir novos banheiros é uma atividade cara que envolve mudança de encanamentos e muito quebra-quebra.

Mas se não for encontrado um imóvel com a quantidade de banheiros suficiente, não desista do investimento sem consultar um engenheiro. Ele pode verificar se é possível construir novos aproveitando a estrutura dos já existentes. Geralmente isso ocorre quando conseguimos projetar um banheiro ao lado do outro ou na parte de cima, usando toda a rede de água e esgoto. Além da residência ficar mais funcional, aumentar o número de banheiros pode valorizar o imóvel.

Se você pretende ficar no imóvel por mais tempo, pense que os filhos crescerão e novas necessidades surgirão. Pensar nas vagas de garagem, por exemplo, é outro fator que deve ser levado em consideração.

 

E o preço?

Os imóveis leiloados possuem grande vantagem financeira em relação aos que estão disponíveis em outras modalidades de venda, como nas imobiliárias e vendas diretas. Isso porque esses imóveis são provenientes de dívidas que não foram quitadas com financeiras e bancos. O preço estipulado para a venda nos leilões passa a ter uma motivação baseada no retorno dos custos do imóvel, e não na obtenção de lucro através de um investimento.

É possível adquirir um imóvel em leilão pagando à vista ou parcelado, podendo ter o valor dividido em mais de 360 parcelas e com a possibilidade, em alguns casos, de usar o FGTS. Nesse sentido, o preço do imóvel procurado pode ser bem menor do que se imaginava.

Mas antes de optar por qualquer investimento, sugiro ler o artigo “Como fazer um planejamento financeiro para comprar um imóvel” e ter em mente que é necessário levantar todos os custos que envolvem a compra, como juros e taxas administrativas de financiamento, impostos e gastos com o registro.